Professores <i>destroem</i> OE
Anteontem, a Fenprof e os sindicatos de professores que a integram distribuíram, um pouco por todo o País, um folheto à população, junto às escolas, onde se alerta para as consequências do Orçamento do Estado (OE) para a Escola Pública e se apela à defesa deste bem social.
Em Coimbra, logo pela manhã, os dirigentes da federação realizaram uma acção simbólica junto à Escola Secundária D. Dinis e à EB 2/3 da Pedrulha, onde queimaram o OE, que segundo os professores muito contribuirá para o rumo de desastre a que o Governo e a maioria que o apoia estão a sujeitar Portugal.
Prova de humilhação
No dia 20, a Fenprof esteve reunida na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura para exigir dos deputados de todos os grupos parlamentares que suspendam a realização da prova de acesso à profissão docente. «Foi clara a posição dos partidos na oposição (PCP, BE e PS) no sentido de considerarem esta prova uma humilhação, uma iniquidade e de tudo fazerem para que não se realize», disse, no final da reunião, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, lamentando que PSD e CDS tenham, no passado, criticado a prova e procurem agora justificá-la com o programa do Governo.
A Federação está, entretanto, a promover plenários que têm como objectivo «fazer um ponto da situação» relativo à prova de conhecimentos e capacidades (PACC), «mobilizar para a deslocação à Assembleia da República no dia 5 de Dezembro», «preparar a greve do próximo dia 18 de Dezembro» e «encontrar outras acções que contribuam eficazmente para inviabilizar a realização desta prova».
Para hoje estão previstos dois plenários, em Évora (16 horas, na sede do SPZS) e na Guarda (17.30 horas, na sede distrital do SPRC), tendo já sido realizadas iniciativas semelhantes em Aveiro, Beja, Braga Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Portimão, Porto e Viseu.